Educação Técnica e Empregabilidade Juvenil em Santa Catarina

🚀 Educação Técnica com Foco em Resultados: Como SC Está Reescrevendo o Futuro da Juventude Profissional

Santa Catarina protagoniza um movimento inovador de conexão entre ensino técnico e mundo do trabalho, transformando feiras escolares em ambientes de recrutamento real e capacitação prática.

No cenário educacional catarinense, uma estratégia consistente e integrada vem promovendo profundas mudanças na forma como os jovens ingressam no mercado de trabalho. Por meio das Feiras Técnicas de Emprego, realizadas diretamente em instituições públicas voltadas ao ensino profissional, o estado tem implementado um modelo de inserção produtiva baseado na prática, na escuta ativa do setor empresarial e na valorização do talento jovem.

Essas feiras não apenas apresentam vagas, mas criam ambientes vivos de empregabilidade, reunindo empresas, estudantes, educadores e órgãos públicos em uma dinâmica que combina capacitação, recrutamento e orientação profissional. A proposta já ganha força em cidades como Criciúma, Jaraguá do Sul e São Bento do Sul, consolidando um modelo de desenvolvimento regional ancorado na educação técnica e na inclusão produtiva.

🎯 Reconfigurando a Relação entre Educação Técnica e Realidade Profissional

Liderada por um esforço conjunto das Secretarias de Educação, Trabalho e Desenvolvimento Econômico de SC, a iniciativa parte do princípio de que o conhecimento técnico precisa estar diretamente alinhado às competências exigidas pelas empresas. Para tanto, as feiras são organizadas dentro das próprias escolas técnicas, oferecendo uma experiência de imersão no mercado de trabalho já durante a formação.

As ações incluem oficinas de comportamento profissional, desafios técnicos propostos por empresas, entrevistas presenciais e dinâmicas interativas, conduzidas por gestores e especialistas de diversos segmentos econômicos. Em vez de discursos genéricos sobre empregabilidade, os estudantes vivenciam na prática os critérios de seleção e os desafios do ambiente profissional.

Segundo o coordenador estadual Ricardo Maciel, o projeto é um reflexo de pragmatismo e escuta ativa: “Ao aproximar empresas e estudantes ainda em formação, criamos um atalho eficiente entre conhecimento e oportunidade, reduzindo significativamente o tempo de transição entre escola e mercado”.

🛠️ Criciúma: Indústria em Foco e Inserção Rápida

No sul do estado, Criciúma sediou uma das edições mais impactantes da feira, envolvendo instituições como o Instituto Federal Catarinense (IFC) e o CEDUP Abílio Paulo. A programação contou com a participação de mais de 40 empresas dos setores metalúrgico, químico, minerador e logístico, que ofertaram vagas reais e participaram ativamente dos processos seletivos.

Ao longo de dois dias, mais de 3.000 estudantes circularam pelo evento, com 420 contratações efetivadas e 900 atendimentos personalizados voltados a currículos, entrevistas simuladas e orientação de carreira. Carla Zilli, gerente de RH da RGS, enfatizou: “Ter acesso aos alunos em seu ambiente de formação nos ajuda a identificar desde cedo os perfis alinhados à nossa cultura e necessidades operacionais”.

⚙️ Jaraguá do Sul: Soluções Industriais e Inovação na Seleção

Já na região norte, Jaraguá do Sul inovou ao transformar a feira em uma experiência interativa com ênfase em tecnologia e automação industrial. No CEDUP Jorge Lacerda, o destaque foi para o “Desafio Técnico”, uma dinâmica onde os estudantes tinham que solucionar problemas reais enfrentados por empresas da região — de falhas em sistemas automatizados a propostas de reengenharia de processos.

A aplicação prática dos conhecimentos foi tão relevante que 30% dos participantes foram contratados imediatamente após demonstrarem suas habilidades técnicas. O diretor da unidade, Marcos Rauen, afirma: “Saímos da lógica tradicional da exposição e criamos um espaço onde o saber técnico é validado em tempo real, com impacto direto na empregabilidade”.

🪑 São Bento do Sul: Articulação Local e Foco em Setores Regionais

Em São Bento do Sul, no Planalto Norte, a feira teve como eixo central os setores de comércio, logística e produção moveleira — vocações econômicas fortes na região. O evento contou com mais de 70 empresas, incluindo pequenos negócios, que participaram de entrevistas, consultorias de RH e dinâmicas com estudantes de cursos técnicos em administração, atendimento e marcenaria.

A parceria com o SEBRAE-SC adicionou oficinas sobre empreendedorismo jovem, carreiras múltiplas e projetos autônomos. Um dos destaques da feira foi a contratação da aluna Aline Krüger, após sua participação em uma palestra: “Eu vim para ouvir, e saí empregada. Foi a primeira vez que senti que havia um espaço real para mim no mercado”, compartilhou a jovem.

📊 Indicadores de Impacto e Novas Frentes em Expansão

Os números já colhidos pelas primeiras edições revelam a potência transformadora do projeto:

8.500 alunos impactados diretamente;

1.200 contratações ou admissões em estágios;

2.000 atendimentos de orientação profissional individualizada.

Com base nesse sucesso, o governo estadual anunciou que pelo menos 12 novos municípios receberão edições do programa até o fim de 2025, com destaque para regiões como o Planalto Serrano e o Oeste Catarinense, que enfrentam maior dificuldade de inserção jovem no mercado.

Também está em desenvolvimento uma plataforma online de rastreamento de egressos, que permitirá mapear a trajetória dos alunos após participarem das feiras, alimentando políticas públicas baseadas em dados reais e promovendo melhorias contínuas no programa.

🇧🇷 Santa Catarina como Referência Nacional de Inclusão Produtiva Juvenil

A proposta catarinense começa a chamar atenção em outros estados brasileiros por sua viabilidade operacional, engajamento intersetorial e impacto social mensurável. Transformar escolas em centros ativos de formação de carreiras é mais do que uma inovação — é uma ruptura com o modelo tradicional de ensino dissociado da realidade do trabalho.

Para o empresariado, trata-se de uma estratégia eficaz para reduzir custos de recrutamento, identificar talentos em estágio inicial e colaborar ativamente com a formação de profissionais mais bem preparados. Para os estudantes, representa a oportunidade concreta de começar uma carreira de forma estruturada, conectando suas aspirações a demandas reais do mercado.

🔮 Projeções para o Segundo Semestre de 2025

A expectativa é que, até dezembro, o programa alcance mais de 20 mil estudantes, com potencial para gerar 3.500 novas oportunidades formais, entre vagas de emprego, estágios e programas de jovem aprendiz.

Mais que números, as feiras estão fortalecendo nos participantes atributos como:

Confiança e iniciativa pessoal;

Habilidades de comunicação;

Domínio de processos seletivos;

Consciência profissional e postura ética.

Tais competências são decisivas não apenas para conquistar um emprego, mas para construir trajetórias profissionais sólidas e progressivas.

🧩 Conclusão: Formação, Inclusão e Protagonismo Juvenil no Coração do Desenvolvimento

As Feiras Técnicas de Emprego de Santa Catarina transcendem a ideia de evento. Elas materializam uma política de Estado que enxerga o jovem como protagonista e a escola técnica como ponte direta para o mercado de trabalho. A integração entre educação, setor produtivo e gestão pública se transforma, assim, em um círculo virtuoso de desenvolvimento econômico e justiça social.

Ao investir em práticas educacionais alinhadas com o mundo real, o estado catarinense não apenas melhora seus indicadores de empregabilidade juvenil — ele constrói um novo paradigma de formação profissional cidadã, replicável e escalável para todo o Brasil.